Em sua segunda edição de 2021, o estudo Workmonitor mostra que o brasileiro está ainda mais motivado em relação ao trabalhador global (67%) em buscar por empregos que proporcionem melhor qualidade de vida

A consultoria de RH intitula a tendência como ‘great enlightenment’, “a grande iluminação" em tradução livre, e mostra que o fenômeno deverá impactar diretamente o mercado de trabalho neste próximo ano

Com mais de 27 mil pessoas de 34 países entrevistadas em seu mais recente estudo Workmonitor, a Randstad descobriu que trabalhadores de todo o mundo estão mais esclarecidos sobre o que querem de sua vida profissional. O fenômeno, que foi intitulado pela consultoria de RH de ‘great enlightenment’ - “a grande iluminação" em tradução livre - é marcado por dados que reforçam esse ‘despertar’ e movimento que deve ser percebido pelo mercado de trabalho, como: 87% das pessoas ouvidas no Brasil têm muita clareza sobre seus objetivos profissionais, superando o índice global de 72%. A mudança de emprego é um fato para 81% desses trabalhadores brasileiros, que estão determinados a achar uma oportunidade que lhes traga mais equilíbrio entre vida pessoal e profissional. O índice é maior que o global, que ficou em 67%.

“A pandemia trouxe momentos de muita incerteza. As preocupações alteraram perspectivas e desejos, fazendo com que muitos repensassem suas vidas para além de objetivos profissionais mais claros, ansiando por ambientes mais flexíveis e equilibrados. Se não encontram um trabalho com o formato desejado, começam a se movimentar. E notamos que essa tendência veio para ficar, pelo menos nos próximos anos, no qual a força trabalhadora se sente mais empoderada e está mais esclarecida sobre o que quer. Sentem-se mais positivos para buscar por oportunidades que os satisfaçam de forma mais ampla", afirma Fabio Battaglia, CEO da Randstad no Brasil.

A flexibilidade é um ponto importante para a força trabalhadora neste período pós-pandêmico. Segundo o Workmonitor, estudo semestral da Randstad - consultoria líder em RH, 92% dos trabalhadores brasileiros anseiam por formatos de trabalho e carreiras mais flexíveis para acomodar outras atividades ao longo do dia, enquanto que a média global ficou pouco acima de três terços (76%).

Certamente o estresse causado pelo trabalho após dois anos de isolamento social, com uma divisão nebulosa entre atividades pessoais e profissionais dentro de casa, com horas de trabalho menos definidas, trouxeram um impacto importante nas decisões profissionais. O estudo mostra que 58% dos brasileiros entrevistados dizem estar mais estressados desde que a pandemia começou, enquanto a média global ficou em 49%, deixando claro que é preciso mudar aspectos nas suas carreiras para diminuir essa condição de estresse de agora em diante.

Além disso, trabalhadores de todas as idades, gêneros e dos mais variados graus de educação, querem ser melhor remunerados e desenvolvidos: 95% dos brasileiros afirmam saber que é necessário continuar aprendendo para que continuem relevantes em um mercado de trabalho cada vez mais competitivo, enquanto que essa tendência é destaque para 80% dos entrevistados globalmente. Por outro lado, há também quem sinta que seus salários estejam aquém de suas competências e, por isso, estão à procura de novas oportunidades -  54% no mundo e 55% no Brasil.

A pesquisa descobriu ainda que dois terços da população ouvida ao redor do mundo, 60%, não foram promovidas no último ano. No Brasil, a taxa é parecida, de 56%. E segue essa tendência também em relação aos que tiveram uma elevação de cargo, mas sem aumento salarial - Brasil 10,1% e Global 10,2%. Outro fator de destaque no estudo, foi a vontade de mudar de carreira. No Brasil, 64% estão empenhados em transformar sua vida profissional, superando a média global de 51%.

“É preciso que empresas olhem para as demandas por flexibilidade e desenvolvimento como uma forma de redesenhar o universo do trabalho. O estudo Workmonitor mostra que os trabalhadores sentem-se mais confiantes e determinados a buscar por empresas que reconheçam suas habilidades e os remunerem de acordo. Ainda há aqueles que pretendem dar passos mais ousados, como a mudança de carreira, inspirados muitas vezes por outros colegas. É preciso construir um modelo que preza pelo equilíbrio entre vida profissional e pessoal. Assim, é possível manter talentos mais engajados e resilientes para desenhar o futuro das companhias das quais queremos fazer parte”, finaliza Battaglia.

Sobre o Randstad Workmonitor

Lançado em 2003, o Randstad Workmonitor cobre atualmente 34 mercados em todo o mundo e abrange Europa, Ásia-Pacífico e Américas. Publicado duas vezes ao ano, a pesquisa engloba perguntas temáticas relacionadas à satisfação no trabalho, e busca trazer insights como a probabilidade de um funcionário mudar de emprego nos próximos seis meses, fornecendo uma compreensão abrangente dos sentimentos e tendências no mercado de trabalho. Nesta segunda edição de 2021, foram analisados todos os 34 mercados entre 23 de agosto e 12 de setembro de 2021. Realizado online, entrevistou 27 mil pessoas de 18 a 65 anos, que trabalham no mínimo 24 horas semanais em regime de trabalho remunerado (não autônomo). Tem como mínimo de abordagem a amostra de 800 entrevistas por país.

Para mais informações sobre o Randstad Workmonitor, acesse abaixo.

Sobre a Randstad

Fundada em 1960, na Holanda, a Randstad é líder global em solução e consultoria em recursos humanos, com foco em recrutamento e seleção. A companhia combina o poder da tecnologia de última geração com o toque humano para oferecer as melhores soluções para empresas e candidatos. Presente em mais de 38 países e empregando mais de 670 mil pessoas por dia, chegou no Brasil em 2011 e, hoje, tem presença nacional, atendendo todas as regiões do país.

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