Pesquisa realizada com 350 profissionais da área de RH, em mais de 40 países, aponta que o momento atual no mercado de trabalho pode ser refletido pelo termo “guerra por talentos”. Dos executivos consultados pela Randstad Sourceright, empresa do Grupo Randstad responsável pela oferta de soluções avançadas de aquisição e gestão de talentos, 73% concordaram com a definição.
Para 33% dos entrevistados, termo “guerra por talentos” significa uma ideia pré-estabelecida que enfatiza a importância do talento para a estratégia do negócio e o sucesso da organização. Outros 32% acreditam que a expressão resume a necessidade crítica dos negócios em envolver e reter os talentos. Para 30%, a competição é para recrutar os melhores profissionais.
Para a gerente da Randstad Professionals, Anna Melo, no cenário acelerado do mercado atual, os profissionais mais requisitados, em geral, são de áreas finanças e gestão. Segundo a pesquisa, profissionais qualificados nas áreas comercial, de atendimento de contas, análise e marketing digital têm 63% de serem contratados para os próximos 12 meses. Os entrevistados também afirmaram que haverá demanda para 51% de líderes que atuam no mercado de trabalho e para 37% de profissionais como professores, enfermeiros, programadores de computação.
Ainda poderão ser contratados 18% de trabalhadores com habilidades mais específicas, a exemplo de eletricistas, encanadores e mecânicos, 15% de pessoal de nível operacional, como teleoperadores em empresas de contact center, assistentes administrativos e back office, e, finalmente, 13% de mão de obra não especializada.
Outro ponto do estudo, que avalia como as organizações atraem talentos qualificados, mostra 57% delas utiliza a reputação e o nome da marca como atrativo. Em seguida, está o apelo do setor industrial como atrativo, respondido por 12% dos executivos. Em último lugar, com 11% das respostas, ficaram os salários e os benefícios.
Para Anna Melo, os candidatos devem se atentar às estratégias dos contratantes. “Geralmente, as tentativas que empresas mais adotam numa guerra no mercado de talentos são a captação da mão de obra já na estrutura organizacional, a formação de novos talentos, e por último, pacotes salariais mais agressivos”, afirma. Mas a gerente destaca que no cenário atual, a oferta de salários mais atrativos está menos comum.
A qualificação dos profissionais que já fazem parte da companhia também é uma aposta dos empregadores. “Algumas empresas também apresentam planos de cargo estruturados, estimulam o desenvolvimento profissional, e fazem treinamentos internos, que também é uma tentativa de baixo custo para reter e não deixar escoar o talento já desenvolvido”, detalha a gerente da Randstad.