Ao lado da fábrica física há outra que projeta, testa, simula e programa as máquinas que vão fazer as peças de verdade.
Quem pensa em projeção de carreira convive, atualmente, com dois consensos. Automação de produção é um fato. Depois, ferramentas digitais precisam estar cada vez mais presentes em gestão de pessoas. Em muitos aspectos.
A maioria dos gestores de RH já reconhece essa evolução. Pesquisa da Randstad Sourceright (com 320 gestores seniores e vice-presidentes de recursos humanos) mostrou que 62% enxerga a digitalização como uma “influência favorável”, enquanto 90% já está fazendo algum tipo de investimentos específicos em robótica.
Habilidade. O objetivo principal é a busca de padrões e controles automatizados em recrutamento e seleção. Reconhecidamente, a habilidade mais procurada é a de “lidar com tecnologia digital.”
O coordenador da pesquisa da Randstad foi preciso: o saber digital, cobrado na “porta de entrada, precisa ser de verdade”. Motivo: o mercado já mudou. A realidade digital é indiscutível.
Realidade. Exemplo simples: as projeções da Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico são de que, neste ano, 30% das vendas já serão feitas em smartphones e tablets. Com total padronização eletrônica da oferta e demanda.
Simulador. Portanto, em um terço das vendas o “dado” já determina o formato da produção e venda. A venda digital crescerá 12% ao ano. Nesse quadro, recrutar, selecionar ou projetar carreira pode desprezar a realidade digital?
Artigo da revista The Economist mostrou que a fábrica da Siemens, em Amberg, de equipamentos de controle industrial, alcançou 99% de ausência de defeitos em uma linha com mais de mil equipamentos diferentes. Motivo: a existência da “gêmea digital”. Ou seja: ao lado da fábrica física há outra que projeta, testa, simula e programa as máquinas que vão fazer as peças de verdade.
Só depois que a gêmea digital “produz” é que a fábrica real vai operar. É na “gêmea digital” que estão os trabalhadores. A real apenas obedece. A habilidade procurada é para a “gêmea digital”. A íntegra deste artigo está disponível no site da publicação: https://www.economist.com/news/business/21725033-factories-cars-range-c…